Prudenco diz que custo com aluguel de caminhões de coleta de lixo é inferior ao de manutenção da frota atual

Segundo a empresa, custo com aluguel, na casa dos R$ 230 mil, ‘é bem inferior ao custo de manutenção dos caminhões atuais, que chegam a ter 12 anos e demandam cerca de R$ 290 mil mensais’. Companhia Prudentina de Desenvolvimento (Prudenco) diz que custo com aluguel de caminhões é inferior ao de manutenção da frota atual
Leonardo Jacomini/g1
Os novos caminhões que fazem a coleta de lixo em Presidente Prudente (SP) foram apresentados mais uma vez para a população nesta segunda-feira (29), no recuo do Parque do Povo, na Vila Cláudia Glória. Eles foram colocados à mostra junto aos novos ônibus do transporte coletivo urbano.
Ao todo, dez caminhões com compactadores foram alugados pela Companhia Prudentina de Desenvolvimento (Prudenco) pelo período de um ano, em um valor total que supera R$ 2 milhões.
Os caminhões já haviam sido apresentados dez dias atrás, em frente à Prefeitura de Presidente Prudente, onde um ato inaugural anunciou o início das atividades dos novos veículos. Com a frota atualizada, a Prudenco anunciou, na sequência, a ampliação de turnos da coleta na cidade, que passaram a ser três.
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No mesmo período, o Fronteira Notícias 1ª Edição (FN1) pesquisou o preço para a compra direta de um caminhão de mesmo modelo e ano, equipado com compactador. A produção da TV Fronteira entrou em contato com uma empresa que faz esse tipo de venda e conversou com um vendedor, sem se identificar como jornalista. A informação foi de que o preço à vista seria de R$ 480 mil.
Para a compra de 10 caminhões com compactadores à vista, seriam necessários R$ 4,8 milhões, valor que se aproxima do total que seria pago pelo aluguel dos veículos pelo período de um ano e dez meses.
A decisão da Prudenco em alugar os caminhões ao invés de comprá-los provocou questionamentos. O dinheiro pago pela locação poderia representar parte significativa do valor a ser pago para ter os caminhões de forma definitiva e permitiria o uso dos equipamentos por vários anos.
Segundo a empresa de economia mista, que tem a Prefeitura como acionista majoritária, essa possibilidade chegou a ser cogitada, mas foi descartada “levando em conta diversos fatores”, sendo o principal deles as dificuldades financeiras enfrentadas pela Prudenco. O presidente da Prudenco, Guilherme Rutka, comentou sobre a situação em entrevista ao vivo para o FN1, na última terça-feira (23).
Companhia Prudentina de Desenvolvimento (Prudenco) diz que custo com aluguel de caminhões é inferior ao de manutenção da frota atual
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‘Financiamento inviabilizado’
Nesta segunda-feira (29), Guilherme Rutka recebeu a equipe da TV Fronteira novamente para falar sobre a situação, mas não quis gravar entrevista.
Na ocasião, comentou que a Prudenco não tem dinheiro em caixa e, por conta de dívidas e problemas contábeis que se acumularam ano após ano, também não consegue crédito junto a bancos e instituições financeiras, “o que inviabiliza o financiamento”.
Além disso, citou outros fatores, como os juros do financiamento, que aumentaram o valor final dos caminhões. Custos como Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), licenciamento, seguro e rastreamento dos veículos também seriam adicionados ao valor final. No aluguel, eles ficam à cargo da locadora, bem como manutenções que não estejam relacionadas ao mau uso dos veículos.
Companhia Prudentina de Desenvolvimento (Prudenco) diz que custo com aluguel de caminhões é inferior ao de manutenção da frota atual
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Segundo a Prudenco, a depreciação dos valores também precisa ser considerada, já que, no primeiro ano, conforme estudos da empresa, o veículo perde 20% do valor, e, em três anos, 50% do valor investido.
Há, ainda, outra dificuldade, conforme Rutka. Se optasse por comprar, a companhia teria que fazer uma licitação e adquirir veículos de 2023, zero km, o que aumenta o custo em relação ao que está sendo locado, que é de 2020.
Por fim, o entendimento da empresa é de que o custo com aluguel, na casa dos R$ 230 mil, “é bem inferior ao custo de manutenção dos caminhões atuais, que chegam a ter 12 anos e demandam cerca de R$ 290 mil mensais”.
Ainda de acordo com a Prudenco, os R$ 60 mil que poderiam ser economizados devem ser usados para pagamentos de fornecedores ou podem ser parte de um planejamento para melhorar o caixa e fazer a compra de equipamentos no futuro.
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