Secretaria de Turismo negocia transferência de animais do zoológico da Cidade da Criança, em Presidente Prudente

Previsão deve reduzir despesas e proporcionar às espécies melhores condições de vida. Onça-parda Nala será transferida para outra cidade
Stephanie Fonseca
Em entrevista à Rádio CBN Prudente, nesta quarta-feira (28), o secretário municipal de Cultura e de Turismo, Yuri Correa dos Reis, informou estar em tratativas para transferir alguns animais do zoológico do Parque Ecológico da Cidade da Criança “Agripino de Oliveira Lima Filho”, em Presidente Prudente (SP).
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Desde que o contrato com o Consórcio Intermunicipal do Oeste Paulista (Ciop), responsável pela zeladoria do local, foi rompido, a Prefeitura de Presidente Prudente passou a assumir o serviço, há cerca de um mês.
Neste sentido, como forma de conter gastos, a pasta está em tratativas para possivelmente transferir uma onça-parda, chamada Nala, um hipopótamo, o ‘Toicinho’, e alguns tamanduás-bandeira para locais maiores e com melhores acomodações para as espécies, com objetivo de elevar a qualidade de vida dos animais.
“Eu, particularmente, não gostaria que eles fossem embora. É que nem filho, quando vai para uma situação melhor, a gente quer que vá, né”, brincou o secretário.
Segundo ele, o Ciop ainda desenvolve trabalhos no zoológico com biólogo, veterinário e zelador, que acompanham e cuidam dos animais diariamente.
“É um trabalho muito bom, mesmo […]. É claro que esses animais têm despesas, eles geram custos, também, para o Ciop, então a gente está pensando algumas formas de alguns animais não ficarem conosco mais, irem para alguns locais onde eles serão mais bem-tratados ainda, locais enormes, como se fossem santuários, no Estado de São Paulo e no Brasil, estamos em negociação nesse aspecto, mas vai continuar vários animais, ali tem animais maravilhosos, que, repito, são muito bem-cuidados […], e também vai ter isso aberto à população”, observou.
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Etapas
Neste primeiro momento, conforme Yuri Correa dos Reis, serviços de manutenção e recuperação da área superior do parque estão sendo realizados para que a população possa desfrutá-lo ainda no primeiro semestre de 2024, segundo previsão.
Como o espaço é dividido em diversas áreas, como aviário, planetário e zoológico, alguns serviços podem ser mais demorados do que outros e dependem de recursos externos, como o parque aquático. De acordo com Reis, o espaço é “complexo” e não há prazo para ser reaberto, a depender da vinda de emendas parlamentares.
“É uma cidade, né, não à toa que o nome é ‘Cidade da Criança’, é muito grande, então tem várias questões que a gente precisa ir resolvendo aos pouquinhos. A gente não pode abrir, foi uma decisão acertada do prefeito, da forma como está, estava, ao longo de muito tempo, principalmente o parque aquático, que vai demorar bem mais. Então, assim, arrumando esses itens, tendo a documentação, deixando tudo em ordem, eu consigo abrir, e é maravilhoso. Imagine a gente juntando a questão da cultura com o turismo, com shows, com feiras, com atividades que a Cidade da Criança permite, esse é o nosso objetivo neste primeiro momento. Num segundo momento, o parque aquático”, enfatizou.
O hipopótamo ‘Toicinho’ também está nos planos de transferência para outro local
AI/Cidade da Criança
Visitas
Para o secretário, “a cultura e o turismo têm que ser bons para quem mora na cidade”, motivo pelo qual esforços estão sendo concentrados a fim de devolver à população um espaço aberto, bem-estruturado e receptivo a todos o mais rápido possível.
“A minha previsão é de que, agora, em março, a gente consiga terminar tudo isso, e, ali, em abril, no máximo, eu não quero demorar, porque a população merece, a gente vai ter acesso a essa primeira parte superior do parque da Cidade da Criança”, adiantou Yuri Reis.
Por ora, as visitas ainda dependem de agendamento prévio. Conforme o Poder Executivo, são admitidas apenas visitas em grupos, pois “por enquanto, fica inviável acompanhar pessoas individuais”.
“As visitas estão com agendamento, continuam assim, no momento em que nós tivermos as licenças, toda a documentação ambiental, toda a documentação de AVCB [Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros], os alvarás da Cidade da Criança, para fazer tudo certinho, para a população ficar segura, para a população ter um local que merece […], aí, sim”, finalizou.
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