Chegamos àquela época do ano em que alguns adultos ficam mais sensíveis. Natal e Réveillon são datas comemorativas que, estimuladas pela mídia, são associadas à alegria e, claro, à troca de presentes. Entretanto, para algumas pessoas, em contraste com o colorido natalino e as mensagens de esperança e gratidão, há uma tristeza no ar e que nem sempre é possível explicitar a origem.
O natal nos faz acessar a nossa memória afetiva, trazendo à tona lembranças que, independentemente de serem boas ou não, influenciam nosso humor. É comum ouvir relatos carregados de nostalgia, principalmente da infância, período sempre envolto de muita fantasia.
Claro que há aqueles que genuinamente apreciam esta época para confraternizar com amigos e familiares, decorar a casa, degustar pratos especiais nas ceias etc. Mas nem todos conseguem entrar no espírito da festa, e as razões podem variar. Pode ser pela saudade daqueles que não estão mais presentes, pelas dificuldades financeiras, existenciais, pelas expectativas não atendidas, ou pela constatação, sempre negativa, de que o ano passou e não houve boas conquistas.
E, para piorar, só de lembrar que nas festas irá encontrar determinadas pessoas cujas relações não foram bem resolvidas, já desperta apreensões. Por isso, não é incomum nesta época algumas pessoas manifestarem um quadro depressivo que não era percebido até então.
Há também uma crença de que esta época deve ser experimentada com alegria e a tristeza não pode ter espaço. Engano. Tais sentimentos, como tantos outros, fazem parte do ser humano em qualquer época do ano, e exigir de si que tenha um astral elevado pode impactar ainda mais a saúde emocional.
Por isso, olhar para dentro de si, compreender e validar as emoções, sem julgamentos, adotar estratégias saudáveis, pode ajudar a criar um espaço para a superação. O Natal simboliza o compartilhamento de afetos. Portanto, melhorar a qualidade das próprias emoções e dos vínculos afetivos é um bom começo para dar a este período um outro sentido. Feliz Natal a todos! Créditos: Joselene L. Alvim- psicóloga
Então é Natal…e esta tristeza?
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