Projeto de biólogo venceslauense que representou o Brasil em evento sobre mudanças climáticas no Uruguai será exposto na COP 28


Trabalho do assessor da Secretaria Executiva de Mudanças Climáticas, Helder Telles Stapait, versa sobre ações para conter as causas desse fenômeno e seus efeitos sobre o mundo. Biólogo venceslauense participou do projeto Mercocidades, nos dias 22 e 23 de junho, no Uruguai
Red Mercociudades/Flickr
“As mudanças climáticas são um problema real e atual! Logo mais, nós, população, seremos completamente afetados e teremos cada vez menos tempo para mitigar essas mudanças, prolongando o problema”.
O depoimento, do biólogo Helder Telles Stapait, de Presidente Venceslau (SP), versa sobre um cenário palpável a todos os seres que habitam o planeta Terra e que já sentem os reflexos negativos desse fenômeno.
Neste domingo (3) em que é celebrado o Dia do Biólogo, o especialista em Gerenciamento Ambiental e atual assessor da Secretaria Executiva de Mudanças Climáticas (Seclima), em São Paulo (SP), compartilha com o g1 detalhes de uma experiência que levou à elaboração de um projeto a ser apresentado na Conferência das Partes (COP) 28, órgão supremo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, no fim do ano.
O encontro, que neste ano acontecerá em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, reunirá trabalhos desenvolvidos pelos participantes do projeto Mercocidades: “Medir e planejar diante da mudança climática”, no qual o venceslauense marcou presença representando o Brasil junto à assessora da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, Laura Lúcia Ceneviva, a convite da Secretaria Municipal de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo.
No evento, que ocorreu em Montevidéu entre os dias 22 e 23 de junho, estiveram representantes da Argentina, do Brasil, do Chile, do Peru e do Uruguai, ocasião em que trocaram experiências sobre as ações desenvolvidas para mitigar as causas das mudanças climáticas em cada localidade.
“Nós tivemos uma base do que os outros países estão fazendo em relação às mudanças climáticas. Para se ter ideia, a Secretaria Executiva de Mudanças Climáticas só existe em São Paulo, onde eu trabalho, e em Niterói (RJ). Embora outras estejam sendo criadas, até o momento, só existem duas no Brasil. Em toda a América, existem quatro. São pouquíssimas as secretarias que lidam com esse tema”, observou ao g1.
Evento reuniu representantes da Argentina, do Brasil, do Chile, do Peru e do Uruguai
Red Mercociudades/Flickr
Ainda de acordo com Stapait, de todos os países que participaram do encontro, apenas o Brasil e a Argentina possuem secretarias específicas sobre mudanças climáticas, o que acende um alerta a respeito das medidas implementadas atualmente para cessar os reflexos desse fenômeno sobre o mundo.
“No Uruguai, testemunhamos o que a falta de chuva tem feito para o abastecimento de água para a produção e população. Impactos econômicos altíssimos. Temos muitos outros surgindo a cada ano e não estamos prestando a devida atenção! Outro exemplo é a alta temporada de secas seguidas de grandes incêndios florestais. A falta de chuva não é normal, ela é resultado do desmatamento que desregula completamente o ciclo de chuvas da região, o que afeta o abastecimento, absorção de calor e abastecimento de água. Isso sem citar o desequilíbrio de todo o ambiente”, ressaltou.
Helder Telles Stapait e Laura Lúcia Ceneviva trocaram experiências com outros países sobre como conter as causas das mudanças climáticas
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COP 28
Após o encontro em Montevidéu, os participantes foram incumbidos de desenvolver trabalhos que abordassem planos de prevenção de riscos e de prevenção de chuvas de verão, de proteção em reservatórios de água, de redução da emissão de gases do efeito estufa e de reflorestamento em grandes áreas devastadas.
“Nós estamos começando um projeto que levará alguns meses para ser construído e será apresentado na ONU [Organização das Nações Unidas]. Esse projeto leva em consideração as particularidades de cada região, mas também leva em consideração que o evento de mudanças climáticas é global e atinge grandes regiões continentais, como é o caso da América do Sul”, completou ao g1.
Projeto do biólogo venceslauense será exposto na COP 28, em Dubai
Red Mercociudades/Flickr
Segundo o especialista, ser convidado para representar o Brasil no Mercocidades: “Medir e planejar diante da mudança climática” foi algo enriquecedor. Agora, a expectativa é de que toda a equipe possa estar presente na COP, em Dubai.
“O sentimento foi de êxtase! Tudo foi incrível e, como minha primeira experiência profissional internacional, fiquei extremamente eufórico em busca de maior interação e conhecimento para que pudesse retornar com o máximo de exemplos vividos possível. Agora, há esperança de toda a equipe estar presente na apresentação do projeto em Dubai”, ressaltou o biólogo.
Evento reuniu representantes da Argentina, do Brasil, do Chile, do Peru e do Uruguai, entre os dias 22 e 23 de junho
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Biólogo venceslauense participou do projeto Mercocidades, nos dias 22 e 23 de junho, no Uruguai
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