As mulheres são a maioria na população brasileira. É fato que as conquistas alcançadas até os dias atuais, com mudanças inclusive na legislação, não foram nada fáceis.
Entretanto, apesar das transformações e avanços, ainda há desigualdades salariais em algumas organizações, mesmo com mulheres ocupando o mesmo cargo que os homens; pouca representatividade em cargos de liderança no ambiente corporativo ou na política; e a divisão de tarefas e demandas da vida familiar está longe de ser ideal. Os exemplos são muitos. Ou seja, mesmo com tantos avanços significativos, as mulheres ainda enfrentam diversas formas de violência que afetam a saúde física e mental.
As mulheres ainda são vítimas de uma cultura machista e patriarcal, que muitas vezes se manifesta de maneiras sutis e insidiosas através de comentários depreciativos, discriminação no ambiente de trabalho, etarismo, assédio verbal e virtual, para citar apenas algumas das formas de expressão de violência. Infelizmente, ainda habita na mentalidade de muitas pessoas que as mulheres são inferiores aos homens. Os impactos são devastadores na saúde mental da mulher, minando a autoestima, levando a quadros de ansiedade e depressão.
Quanto tentam denunciar a violência, principalmente a doméstica, as mulheres enfrentam desafios adicionais. Por isso, a subnotificação é comum, seja por medo de represálias, falta de confianças nas instituições ou até mesmo por questões culturais que desencorajam a exposição pública dos problemas familiares. A sensação de desamparo gera vergonha, culpa e isolamento, perpetuando o ciclo de silêncio e sofrimento.
Por outro lado, nem todas conseguem identificar a teia peversa a qual estão submetidas e denunciar. Isso as torna ainda mais dependentes do agressor e as cicatrizes atingem também os filhos.
A violência contra a mulher, é uma realidade alarmante. É imperativo que a sociedade como um todo se mobilize para enfrentar esse problema de frente.
É necessário promover uma cultura que não apenas denuncie a violência contra a mulher, infelizmente ainda normalizada, mas que também promova o respeito mútuo, a superação das desigualdades, além de políticas públicas que possibilitem mudar a narrativa e construir um futuro onde as mulheres não apenas se sintam seguras, mas verdadeiramente respeitadas e valorizadas. A responsabilidade é de todos nós, pois somos parte desta sociedade onde a violência acontece. Créditos: Joselene Alvim- psicóloga
A violência contra a mulher
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