Baterias recarregadas? Então, vá com calma!


O carnaval acabou. Muitas pessoas aproveitaram este período festivo para cair na folia. Outras, para descansar. Seja qual for a maneira como cada um renovou as energias, é hora de voltar à rotina que, dentre outras coisas, inclui o trabalho.
Com as baterias recarregadas, alguns iniciam as atividades laborais com muita motivação para colocar em prática sua lista de tarefas e projetos. Sem dúvida, esta motivação nos torna produtivos e criativos, porém é preciso que tudo isso ocorra dentro de um limite, pois o excesso de motivação, quando não gerenciado adequadamente, pode gerar estresse negativo, afetando o estado de ânimo e a qualidade de vida.
O problema é que a maioria das pessoas não conseguem reconhecer quando surgem os sinais de esgotamento físico e emocional, ou seja, quando esta motivação ultrapassa a linha do que é saudável.
O trabalho é parte importante das nossas vidas. Ninguém discute os benefícios que ele traz como realização pessoal, independência financeira, crescimento profissional, para citar apenas alguns exemplos.
Entretanto, há outro lado. O dia a dia de um ambiente corporativo é marcado por pressões e diversas situações competitivas, algumas, inclusive, inerentes à própria função. Isto faz com que o colaborador transcenda os próprios limites, com metas irrealistas, na tentativa de ser reconhecido e respeitado. Com isso, o adoecimento se instala aqui através do perfeccionismo e da dedicação excessiva que negligencia outras necessidades fundamentais: o lazer e autocuidado.
Não se trata de reduzir o comprometimento e a responsabilidade com o trabalho. É preciso aprender a gerenciar o tempo, e isso implica em se colocar na própria agenda. Isso mesmo! Assim como anotamos datas de pagamentos e outros compromissos, é preciso abrir espaço para lembrar – olha só- da importância de realizar atividades que gosta, que dê sentido a si, sem despertar culpa.
Parece estranho sugerir isso, mas para pessoas que exigem muito de si no trabalho, pois nunca consideram suficiente aquilo que realizam, que têm dificuldade para falar não e, por isso, ficam sobrecarregadas, é preciso lembrá-las das pausas como condição para uma boa saúde mental.
Organizar a vida pessoal e profissional, mantendo o equilíbrio e evitando os excessos, é uma questão de sobrevivência, antes que aquela energia inicial, tão motivadora, se torne insuportável. Créditos: Joselene L. Alvim- Psicóloga

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