Em entrevista exclusiva ao g1, a secretária de Desenvolvimento Econômico informou que o prazo indefinido se deve pelas exigências de adequações feitas pelo Ministério Público. Praça de alimentação do Camelódromo de Presidente Prudente (SP) não tem previsão para instalação
Leonardo Bosisio/g1
Apesar do espaço que abrange os 240 boxes do Camelódromo ter sido entregue em julho de 2023, ainda falta um local importante a ser finalizado pela Prefeitura de Presidente Prudente (SP) na Praça da Bandeira: a praça de alimentação. Ainda que possa ser um atrativo a mais e ajude no movimento de consumidores, ainda não há previsão de disponibilizar o espaço para os comerciantes do ramo culinário ocupá-lo.
Em entrevista exclusiva ao g1 na manhã desta quarta-feira (7), a secretária de Desenvolvimento Econômico de Presidente Prudente, Ana Paula Setti, informou que o prazo indefinido se deve aos apontamentos feitos no local pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), que devem ser atendidos pelo Poder Executivo.
“(Falta) A definição e alinhamento com o Ministério Público, porque há algumas exigências para a questão da praça de alimentação, por isso que ela não ocorreu ainda, e estamos no alinhamento com o Ministério Público para poder colocar alguma coisa ali para ajudar até a gente fazer o definitivo de acordo com o formato exigido”, explicou Ana Paula.
Ao ser questionada, a secretária informou que o MP-SP exigiu que fossem feitas adequações na estrutura do Shopping Popular ‘Ana Cardoso Maia de Oliveira Lima – Dona Ana’.
A Prefeitura ainda não decidiu se os espaços alimentícios serão fixos ou móveis, como os formatos de food trucks. Em contrapartida, até que as adequações sejam atendidas, algumas alternativas temporárias estão sendo discutidas.
“Nós estamos tratando alternativas para que a gente leve de alguma forma, ainda que temporária, uma praça de alimentação para lá, para que realmente ajude no movimento do local que alimenta, uma água, um refrigerante é importante tanto para quem está trabalhando, quanto para aqueles que estão ali para passear”, ressaltou a secretária ao g1.
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MP pontuou que o espaço que abrigará a praça de alimentação deve possuir uma cobertura
Leonardo Bosisio/g1
Pontuações do MP
O promotor de Justiça Jurandir José dos Santos informou ao g1 que o Ministério Público pontuou para a Prefeitura de Presidente Prudente que contemple uma cobertura no espaço que abrigará a praça de alimentação, visto que a administração previu instalá-la em baixo do viaduto Comendador Tannel Abbud.
“Não dá pra fazer uma praça de alimentação debaixo do pontilhão sem uma cobertura. Passa carro em cima, cai detrito, as pessoas jogam lixo lá de cima. Não pode ter pessoas embaixo se alimentando e outros passando em cima do pontilhão e jogando coisa para baixo. Ou dos próprios veículos que passam por lá. Tem uma dilatação no pontilhão que cai detritos, você tá comendo carne detrito na sua mesa, na sua comida? Não funciona”, pontuou o promotor.
Pelo fato da praça de alimentação não ter sido contemplada no projeto original do Shopping Popular, o custeio da adequação estrutural solicitada é o que dificulta a instalação, visto que a prefeitura “está sem recursos”. Pensando em outro caminho, Jurandir ainda sugeriu que a cobertura pode ser custeada pelos próprios comerciantes que ocuparem o local.
“Podem ver com os boxistas, que vão montar lá os trailers de lanche, ou são boxes fixos, para eles fazerem as coberturas. Cada um faz a sua. Põe lá aquelas coberturas de lona, não tem problema, o que a gente quer é que não fique exposto ao tempo a praça de alimentação. Se estiver chovendo ali, ninguém se alimenta, porque molha de baixo do pontilhão. O ideal é que fizeram essa cobertura igualzinha fizeram a cobertura dos boxes, mas não licitou, não fez, é muito caro e a prefeitura não tem recursos. E certamente os boxistas, que vão ali atender na praça de alimentação, também não vão querer fazer”, ressaltou o promotor ao g1.
Na visão de Jurandir, o projeto do Shopping Popular foi mal planejado pela gestão anterior, pois nem mesmo os banheiros estavam previstos no projeto. Com a possível instalação da praça, há necessidade de ter banheiros com boas instalações.
“Como é que você faz um Shopping Popular para centenas de pessoas, quase milhares por dia e não tem um banheiro público lá? Depois a própria prefeitura, já na atual gestão, começou, reformou os banheiros, não ainda está contento, ficou mal localizado na porta de um boxe, mas é o que tem. E com praça de alimentação, precisa ter banheiros bons também”, disse Jurandir.
O promotor ainda informou que não estabeleceu um prazo para a Prefeitura adequar o local, mas as atividades da praça só podem iniciar quando houver segurança e salubridade para os consumidores.
Espaço destinado a instalação da praça de alimentação no Camelódromo de Presidente Prudente (SP)
Mariana Padovan/Secom
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