Cratera na linha-férrea causa rachaduras em residência no Jardim Aviação, em Presidente Prudente


Moradora sofre com o problema há dois anos na Rua Reverendo Coriolano. Cratera na linha-férrea causa rachaduras em residência, em Presidente Prudente (SP)
Reprodução/TV Fronteira
Há dois anos, a dona de casa Maria do Socorro de Souza tem preocupações com a sua própria casa na Rua Reverendo Coriolano, no Jardim Aviação, em Presidente Prudente (SP). O local apresenta rachaduras e, segundo a aposentada, o problema é uma erosão ao lado da residência, às margens da linha-férrea.
“A minha casa, há dois anos atrás, foi interditada. Está toda rachada, está caindo tudo, sem condição nenhuma. Quando chove, tenho que me esconder no quartinho do fundo com medo da casa cair e, se vim uma próxima chuva, a gente não sabe o que vai acontecer”, disse a dona de casa.
Cratera na linha-férrea causa rachaduras em residência, em Presidente Prudente (SP)
Reprodução/TV Fronteira
Ela tem problemas de locomoção e mora com a filha. Não têm para onde ir, então permanece na casa, mesmo sabendo dos riscos. Maria do Socorro até entrou com uma ação na Justiça contra a Rumo Logística, responsável pela ferrovia.
“A Rumo disse que não tem responsabilidade. A Prefeitura não tem responsabilidade. Então, a responsabilidade é minha. A chuva entra na minha casa porque eu quero que a chuva entre na minha casa para destruir a minha casa”, ressaltou a aposentada.
Cratera na linha-férrea causa rachaduras em residência, em Presidente Prudente (SP)
Reprodução/TV Fronteira
A TV Fronteira esteve no local por três vezes, nos meses de fevereiro, maio e julho de 2022, quando relatou o problema da cratera, interdição e o mato alto. A Rumo Logística encaminhou notas em todas as ocasiões.
Os primeiros posicionamentos diziam que não havia indícios de que os problemas na infraestrutura das casas teriam relação com a operação ferroviária. Ou seja, a companhia se isentou de qualquer responsabilidade sobre a situação dos moradores.
Quanto à limpeza do local, a Rumo disse, na época, que a responsabilidade em relação à execução dos serviços de limpeza e roçagem é da Prefeitura. Já o Poder Executivo disse que a responsabilidade é da concessionária.
Enquanto isso, quem mora perto deste local diz que nunca tinha visto um cenário de tamanho abandono.
“De uns 10 anos para cá, não adianta você ir atrás de deputado, vereador, nem de nada porque não resolve. Eles têm dinheiro então não estão nem aí, porque eles moram bem, comem bem, faz tudo”, afirmou a dona de casa Marli dos Santos.
Mato alto próximo à linha-férrea no Jardim Aviação, em Presidente Prudente (SP)
Reprodução/TV Fronteira
Quem mora perto desse matagal, reclama também do aparecimento de animais peçonhentos, como escorpiões.
“Apareceu um escorpião na minha casa. Meu filho achou. Então, são ratos, escorpiões, baratas. Fora o perigo porque o mato está muito alto”, relatou Silvana Aparecida de Souza Nicolete.
Escorpião encontrado na residência da Silvana Nicolete, em Presidente Prudente (SP)
Reprodução/TV Fronteira
Outra situação que incomoda os moradores é esta escadaria, que liga a Vila Operária ao Jardim Aviação. O local é bastante movimentado de manhã, quando os pais levam os filhos às escolas e creches, e também no fim da tarde, no retorno dos trabalhadores.
Os moradores reclamam da estrutura da escadaria, falam que está comprometida por causa da erosão, que fica bem ao lado, e também pelo matagal. O que acaba deixando os moradores inseguros, principalmente, de passar pelo local durante a noite.
“Devido ao matagal, aqui se esconde vândalos. Não dá para passar no ‘escadão’ as pessoas da vila. Não dá, a noite não tem condição”, disse a empresária Rosely Maria Martins Gregório.
Mato alto próximo à linha-férrea no Jardim Aviação, em Presidente Prudente (SP)
Reprodução/TV Fronteira
Um morador da Vila Operária diz que até tenta ajudar limpando onde as pessoas passam, porém aguarda uma limpeza efetiva da Prefeitura e também obras para controlar a erosão, que compromete casas do bairro e a própria escadaria.
“Tapar esse buraco, fazer uma mureta porque não sou obrigado a pegar tábua para escorar a terra. Quem tem que pegar tábua e fazer a mureta é a Prefeitura, não sou eu”, finalizou o aposentado José Rufino dos Santos.
Aposentado José Rufino dos Santos fazendo reparos na escadaria
Reprodução/TV Fronteira
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