Comércio estima perda de mais de R$ 284 milhões com feriados nacionais e ‘pontes’ na região de Presidente Prudente em 2024


Motivo para o impacto menor é que, neste ano, quatro feriados cairão em fins de semana. Calçadão da Rua Tenente Nicolau Maffei, no Centro de Presidente Prudente (SP)
Leonardo Jacomini/g1
Os feriados nacionais e as “pontes” deste ano podem ocasionar, ao comércio varejista da região de Presidente Prudente (SP), uma perda total de R$ 284,7 milhões — montante 6,9% menor do que o previsto em 2023, de acordo com as projeções da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP).
O principal motivo para o impacto menor é que, neste ano, quatro feriados cairão em fins de semana, reduzindo também o número de “pontes”.
Estimativa de perdas de faturamento do comércio varejista com feriados na região de Presidente Prudente
Das cinco atividades analisadas, duas devem registrar um aumento das perdas em comparação ao ano passado:
Lojas de vestuário, tecidos e calçados, com uma alta de 4,5%, atingindo prejuízo de R$ 15,8 milhões; e
Farmácias e perfumarias, com crescimento de 3,9%.
Dentre os possíveis fatores que explicam o resultado, está a alta taxa de crescimento do faturamento de ambos os segmentos, o que resulta em aumento na média diária de vendas e, assim, mesmo com menos feriados em dias úteis, o volume de perdas acaba crescendo.
Por outro lado, a retração das lojas de móveis e decoração deve ser de 26%, caindo para R$ 5,2 milhões. Essa queda significativa pode ser justificada pelo fato de o segmento apresentar o menor faturamento, de maneira que é comum que ocorram grandes variações porcentuais.
Em números absolutos, a maior redução deve ser observada no grupo de supermercados, ao passar de uma perda estimada em R$ 132,8 milhões, em 2023, para R$ 121,7 milhões, em 2024.
As perdas do grupo de outras atividades, em que predomina a venda de combustíveis, devem passar de R$ 101,5 milhões, em 2023, para R$ 90,8 milhões, neste ano, uma queda de 10,5%.
“Os feriados são um assunto importante a ser discutido, pois impactam toda a população anualmente, especialmente os comerciantes. Vale ressaltar que o Sincomércio disponibiliza em seu site a Convenção Coletiva de Horário, que determina os dias e horários em que o comércio está autorizado a funcionar. A abertura em horários especiais é garantida pela Convenção Coletiva de Trabalho e Horário, a qual estabelece as regras trabalhistas acordadas entre o sindicato patronal e o dos empregados”, afirma o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Presidente Prudente (Sincomércio), Vitalino Crellis, que também é diretor da Fecomércio-SP.
Estudo da Fecomércio-SP
O estudo tem por objetivo mensurar uma possível redução de movimento no comércio varejista, considerando um desempenho médio sem observar características sazonais e regionais. Os cálculos levam em conta uma perda parcial nas vendas no dia, e não a totalidade.
O propósito do estudo não é mensurar a transferência de renda. Segundo a Fecomércio-SP, é evidente que, durante feriados e “pontes”, as famílias gastam mais com atividades do setor de serviços, como transporte, bares e restaurantes. Isto é, se de alguma forma o comércio pode ser prejudicado, o turismo, por exemplo, ganha fôlego nesses períodos.
Considerando que a expectativa da federação é de que o varejo da região de Presidente Prudente tenha faturado R$ 16,5 bilhões em 2023, o prejuízo de R$ 284,7 milhões, se confirmado, representa apenas 1,7% da receita anual do setor. Trata-se de uma perda relativamente pequena, mas não desprezível.
O estudo analisou apenas os segmentos mais sensíveis à compra por impulso, por serem os que sofrem pelo consumidor não passar em uma loja naquele dia após o almoço, ou no fim do expediente, para comprar algum produto.
No caso do comércio de bens duráveis, como veículos e eletrodomésticos, as compras geralmente são programadas, ou seja, se o consumidor não adquirir durante o feriado, ele comprará em outro dia, não havendo, portanto, perda para o comércio.
Como amenizar as perdas
O calendário está posto, e todos sabem com antecedência, não havendo qualquer surpresa. Os empresários que lidam com redução de consumo nos feriados, ou até fechamento do negócio, devem montar estratégias para conseguir faturar a meta do mês nos outros dias de mais movimento.
Uma maneira de aumentar os ganhos é atrelar a venda a um benefício no setor de serviços, ou seja, o consumidor compra um produto e ganha uma atração — como ingresso para cinema e parque no feriado. Para isso, é necessário fechar parcerias. Outra alternativa é oferecer descontos mais agressivos nos dias que antecedem o feriado.
Fecomércio-SP
A entidade reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo.
Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor.
Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos, no Estado de São Paulo.
Sindicato
O Sindicato do Comércio Varejista é uma instituição que atua na representação dos comerciantes locais, buscando defender seus interesses e promover o desenvolvimento do setor varejista.
A entidade é atuante na defesa dos interesses da categoria econômica nas distintas esferas do poder, seja municipal, estadual ou federal, não apenas individualmente, mas como filiada à Fecomércio-SP.
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