Elvis Riola de Andrade, conhecido como “Cantor”, matou a tiros Denilson Dantas de Gerônimo em 2009 a mando do PCC. Polícia boliviana prende Elvis Riola de Andrade, conhecido como ‘o cantor’ e membro da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Reprodução/Facebook
As autoridades brasileiras colocaram em liberdade nesta quinta-feira (11) o membro da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) Elvis Riola de Andrade, conhecido como “Cantor”, condenado por assassinar um policial penal de Presidente Bernardes (SP) em 2009.
Cantor estava foragido desde 2023 e foi preso na Bolívia na última quarta-feira (10), após utilizar documentos falsos. Nesta quinta-feira, o sentenciado foi expulso do país e entregue às autoridades brasileiras.
Em entrevista ao g1, o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que faz parte do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo), informou que ao chegar a São Paulo (SP), Elvis foi solto devido a uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), que concedeu habeas corpus ao envolvido.
“Infelizmente, no dia 18 de dezembro, um dia antes do recesso do judiciário, o STJ concedeu através da ministra Daniela Teixeira, um HC [habeas corpus], uma liminar em HC, uma decisão individual e monocrática dela, uma limitar em HC concedendo um contra mandado de prisão essa decisão do TJ que mandou prendê-lo”, explicou o promotor.
Lincoln disse ainda que a Procuradoria Geral de Justiça recorreu da decisão e pediu em Brasília (DF) uma reconsideração nesta quinta-feira. Porém, a ministra presidente de plantão durante o recesso do STF negou o pedido de reconsideração.
“Ontem de madrugada saiu uma decisão negando o pedido de reconsideração e, portanto, ele foi colocado em liberdade até que se dê uma outra decisão definitiva, se por ventura for negado o HC para ele, a gente tem que recapturá-lo de novo”, ressaltou.
Assassinato de policial penal
O policial penal Denilson Dantas de Gerônimo, que trabalhava no Centro de Reabilitação Penitenciária (CRP) de Presidente Bernardes, foi assassinado a tiros em 2009, ao chegar na casa onde morava, em Álvares Machado (SP).
Conforme o promotor do Gaeco, o autor dos disparos foi Elvis Riola de Andrade, o “Cantor”, que praticou o homicídio a mando da cúpula do PCC. Elvis morava em São Paulo e não tinha relação com o Oeste Paulista. Inclusive, ele era diretor da escola de samba Gaviões da Fiel, de São Paulo, e da principal torcida organizada do Corinthians.
Na época do crime, a noiva de Denilson, que presenciou o crime, reconhecer Cantor como autor dos disparos.
“Ele foi denunciado por mim, fui autor da investigação da denúncia e em 2010 ele permaneceu preso na P2 [Penitenciária 2] de Presidente Venceslau durante 11 anos e ele foi levado a júri em São Paulo em 19 de agosto de 2021, onde ele foi condenado a 15 anos de reclusão”, explicou.
Porém, após a condenação, Cantor foi colocado em liberdade pois o juiz responsável pelo caso fixou regime semiaberto ao envolvido, com a justificativa de que ele teria permanecido há muitos anos preso.
O Ministério Público de São Paulo recorreu da decisão em 2021 e em agosto de 2023 o Tribunal de Justiça de São Paulo condenou Elvis a 16 anos de reclusão pelo homicídio a ser cumprido em regime fechado e determinou a expedição da prisão contra ele.
“Acontece que ele não foi encontrado para ser preso porque ele estava foragido, ele estava já desde quando foi liberado o julgamento em 2021, possivelmente na Bolívia. Lá na Bolívia ele acabou sendo preso utilizando documentos falsos e etc pela polícia da Bolívia e foi expulso, entregue às autoridades brasileiras”, reforçou Lincoln Gakiya.
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