Está aberta a temporada das promessas


Final de ano é sempre a mesma história: após o Natal, começam as listas de promessas para o ano seguinte. Algumas pessoas planejam dias antes, outras deixam para última hora, junto com a contagem regressiva. A lista pode ser grande, considerando ainda a influência que a data, carregada de significados simbólicos, exerce em nossa cultura.
Na verdade, não é isso que importa. A pergunta é: você cumpriu aquelas promessas que fez no início do ano? Aquelas, como deixar de ser sedentário, parar de fumar, diminuir o ritmo de trabalho, estressar menos, fazer dieta, organizar as finanças, viajar mais, iniciar um novo curso e tantas outras.
O fato é que estabelecer o que deseja para si nos próximos meses, talvez anos, é apenas uma pequena parte do processo de mudança. A questão central é que a mudança, mesmo desejada, traz medo, pois lá no fundo nos faz lembrar das nossas limitações e, para não encará-las e questioná-las, muitos optam por acomodar-se em espaços psíquicos (des)confortáveis.
Por outro lado, é possível constatar, sem sombra de dúvida, que modificar comportamentos considerados inadequados é um desafio. Não é tão simples. Nessas circunstâncias, é comum darmos várias desculpas para evitar alguns incômodos internos, como, por exemplo, a ansiedade, tão presentes em processos de mudança.
E o que fazer? É importante refletir sobre o que realmente deseja para si. A alteração de comportamento demanda uma reorganização interna, uma reavaliação do próprio sistema de crenças, ou seja, a maneira como aprendemos a enxergar o mundo e a si. Reconhecer isso é apenas o primeiro passo.
É fundamental também ter clareza sobre qual objetivo deseja alcançar e os recursos que irá utilizar. Por isso, cuidado para não estabelecer metas intangíveis que o levarão a desistir na primeira dificuldade. Uma sugestão para organizar-se é dividi-las em fases, pois a cada uma concluída, a motivação se intensifica e, consequentemente, as chances de sucesso.
Contudo, lembre-se que, na maioria das vezes, a determinação em começar algo diferente não necessita de um calendário ou de uma data específica como o Ano Novo, levando em conta que, apesar de muitas coisas não estarem sob nosso controle, a decisão de manter o status quo ou buscar mudanças está em nossas mãos. Feliz Ano Novo! Créditos: Joselene L. Alvim- psicóloga

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