Câmara Municipal de Presidente Prudente busca informações para embasar pedido de afastamento do prefeito Ed Thomas do cargo


Fachada da Câmara Municipal de Presidente Prudente (SP) em 1º de dezembro de 2023
Bárbara Munhoz/g1
A Câmara Municipal de Presidente Prudente (SP) informou nesta quinta-feira (14) que já expediu diversos ofícios, com pedidos de informações a órgãos específicos, que serão inseridos em uma petição de afastamento do prefeito Ed Thomas (sem partido) do cargo de chefe do Poder Executivo a ser protocolada no Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP).
Segundo o Poder Legislativo, os documentos serão tornados públicos no momento oportuno do protocolo.
A Câmara esclareceu que, após a análise dos fatos e das possibilidades legais de pedido de afastamento do chefe do Executivo, decidiu, em um primeiro momento, encaminhar ao Ministério Público a solicitação.
Para a elaboração do documento, também foram expedidos diversos ofícios com pedidos de informações a órgãos específicos, que serão inseridos na petição e tornados públicos no momento oportuno do protocolo.
O Legislativo prudentino acrescentou que o principal objetivo é ter documentos probatórios em mãos, com uma solicitação robusta, contudo, não injusta.
Além disso, segundo a Câmara, a ideia central é contribuir para que o cidadão tenha uma melhora em seu dia a dia, na ponta do serviço público a ser prestado.
Após o recebimento das respostas dos ofícios, o pedido de afastamento será protocolado junto ao MPE-SP em Presidente Prudente.
Reunião emergencial
O pedido de afastamento foi decidido pela Câmara após a reunião emergencial realizada na terça-feira (12) sobre a dívida do município em relação aos contratos com o Consórcio Intermunicipal do Oeste Paulista (Ciop) que tratam dos trabalhadores que prestam serviços públicos nas áreas de saúde e turismo na cidade.
Nesta quarta-feira, o Poder Executivo encaminhou resposta, que foi direcionada ao Ciop. Por sua vez, o consórcio apontou que “não vislumbra caráter de efetiva solução na proposta” que havia sido encaminhada.
Dessa forma, os vereadores apontaram a necessidade de afastamento do chefe do Executivo, não somente pelo atraso no repasse ao Ciop, mas, também, por outras questões de planejamento orçamentário que ocorreram.
A reunião de terça-feira ocorreu após informação sobre o aviso prévio aos funcionários do consórcio, por conta da inadimplência do município.
Na ocasião, o presidente do Ciop, Roger Fernandes Gasques, apontou que a dívida do município é referente aos pagamentos dos meses de setembro, outubro e novembro. Acrescentou, ainda, que, caso não tenha uma solução, o montante incluirá também o mês de dezembro.

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