Tem se falado muito em saúde mental nos dias de hoje, e não é por acaso. O cenário atual nos desafia com demandas constantes, pressões sociais intensas, excesso de competição, além da necessidade de estar conectado. Nesse contexto, a crescente pressão a que somos submetidos, com prazos cada vez mais curtos, coloca em xeque a saúde mental de todos nós. Encontrar o equilíbrio mental, emocional e físico diante dessa realidade torna-se um desafio.
A atenção à saúde mental tornou-se uma prioridade inegável. Contudo, ainda persiste um certo tabu em torno do tema para algumas pessoas, que associam cuidados mentais e emocionais à ideia de loucura. Afinal, quem nunca ouviu a frase que diz que “vai ao psiquiatra ou psicólogo quem está louco”? A boa notícia é que estamos trilhando o caminho para desmistificar essa visão, à medida que nos conscientizamos sobre as questões de saúde mental e encorajamos o diálogo aberto.
E é preciso falar muito. Sempre! Começando pelo esclarecimento de que saúde mental vai além da mera ausência de doença, abrangendo nossa capacidade de lidar com as pressões diárias ou de recuperarmos após um golpe emocional.
Em um mundo onde estresse, ansiedade e depressão tornaram-se preocupações comuns, cultivar a saúde mental não é mais uma escolha, mas sim uma necessidade imperativa. Isso envolve a adoção de um estilo de vida saudável, aprendendo a gerenciar nossas emoções e nosso tempo.
Assim, a relação estreita entre o bem-estar psicológico e o gerenciamento de tempo, principalmente em ambientes corporativos, não pode ser subestimada. Embora a eficiência seja um lema difundido nesses contextos, alcançá-la não deve ser à custa do nosso bem-estar emocional.
Isso não significa que devemos reduzir o comprometimento com as tarefas que nos foram confiadas, mas sim buscar um equilíbrio que promova uma vida mais saudável. Afinal, nossas vidas não estão divididas em compartimentos isolados; ao sair do trabalho, os problemas que nos afetam neste espaço não ficam necessariamente por lá. Embora isso seja o ideal, nem sempre é possível, assim como lidar com problemas familiares, sociais ou afetivos. Os espaços que convivemos estão interligados de maneiras complexas.
Alguns transtornos, como depressão, ansiedade e síndrome do pânico muitas vezes têm raízes em hábitos que são prejudiciais ao corpo e à mente. Por isso, reservar um tempo para o autocuidado, praticar exercícios, realizar atividades que promovam o bem-estar, desconectar-se digitalmente, são práticas que fortalecem nossa resiliência emocional.
É preciso também conscientizarmos sobre nossos limites. Portanto, aprender a dizer “não” é essencial para evitar sobrecargas, esgotamento e o surgimento de doenças. A mente e o corpo agradecem. Créditos: Joselene L. Alvim- psicóloga
A saúde mental e a gestão do tempo
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