Corpo de brasileiro assassinado com golpe de mata-leão em Portugal chega ao Brasil para ser velado e sepultado


‘Estamos aliviados’, diz irmã da vítima. Velório ocorre nesta terça (12) e o sepultamento na quarta (13) em Presidente Epitácio (SP). Amândio Júnior foi morto com golpe de mata-leão enquanto voltada da praia, em Portugal
Cedida
O corpo de Amândio Oliveira da Silva Júnior chegou ao Brasil, na madrugada desta terça-feira (12), para ser velado em Presidente Epitácio (SP), a partir das 18h. O brasileiro, de 44 anos, foi assassinado por asfixia com um golpe de mata-leão em uma briga de trânsito, no dia 28 de agosto, na região de Quarteira, em Portugal.
De acordo com a irmã da vítima, Jaqueline Leite Oliveira e Silva Macedo, o corpo de Amândio chegará a Presidente Epitácio, que fica no extremo oeste de São Paulo, ainda durante o período da tarde, por volta das 17h, e será encaminhado para uma funerária, onde serão colocadas flores no caixão.
“Estamos aliviados e gratos, primeiramente a Deus, por tocar no coração de cada um que ajudou com as doações e orações para que o meu irmão pudesse chegar em casa hoje. Foi tudo tão abençoado que a rapidez com que ocorreram as ações provam isso. Amanhã, meu irmão descansará junto com a nossa mãe.”
O velório será aberto à população e ocorrerá na Igreja Matriz da Sagrada Família, na Rua São Luís, nº 12-45, no Centro, a partir das 18h desta terça-feira.
Igreja Matriz Sagrada Família, em Presidente Epitácio (SP)
Diocese Presidente Prudente
Já nesta quarta-feira (13), às 7h, haverá uma missa de corpo presente, também na igreja. Em seguida, às 10h, familiares e amigos seguirão para o Cemitério Horto da Igualdade, onde Amândio será sepultado.
No dia 5 de setembro, quando Amândio foi velado na Europa, amigos e familiares estiveram presentes para prestar homenagens. No mesmo dia, a irmã Jaqueline citou ao g1 que a família pretendia enterrar o irmão junto à mãe, que está sepultada em Presidente Epitácio, e que a espera pela sua chegada estava sendo dolorosa.
Amigos e familiares de Amândio Oliveira da Silva Júnior prestaram homenagens ao brasileiro durante velório, no dia 5 de setembro, em Portugal
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O português Ricardo Jorge Silva, que morava com Amândio em Portugal, também veio ao Brasil e acompanhou o translado do amigo. A viagem foi iniciada às 23h45 (horário de Brasília) desta segunda-feira (11), em Lisboa, e foi encerrada em Guarulhos (SP), às 5h35, nesta terça-feira.
Ricardo pegou um avião para Presidente Prudente (SP), no Oeste Paulista, e, neste momento, está em Presidente Epitácio para participar das últimas despedidas.
Ao g1, ele informou que retornará a Portugal apenas na próxima segunda-feira (18).
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Velório em Portugal
Na semana passada, amigos e familiares de Amândio Oliveira da Silva Júnior prestaram homenagens ao brasileiro durante o velório em Portugal, que ocorreu na Capela de Nossa Senhora da Conceição, na região de Quarteira.
Ricardo esteve presente na primeira celebração, na Europa, e ao g1 prestou uma homenagem de despedida ao brasileiro.
“Meu amigo, meu companheiro, meu irmão: nos vemos no outro lado da linha”, homenageou o português Ricardo.
A decisão de se mudar para Portugal foi tomada por Amândio com o objetivo de dar uma vida melhor ao sobrinho, Ivan Jr., que é filho da outra irmã, Genaine.
Amândio (ao centro), Genaine (à direita), Ivan Jr., (no colo de Amândio) e Jaqueline (à esquerda)
Arquivo pessoal
O crime
Ricardo explicou ao g1 que Amândio quis ir até a praia no dia 28 de agosto e, ao retornar para a casa durante a noite, foi surpreendido pela violência de um motociclista que transitava em alta velocidade no local.
“Ele foi com o Rafael, que é um amigo nosso, mais a filha do Rafael. Estiveram lá a tarde toda e, no final do dia, como moramos do lado da praia, vinham subindo e junto à passadeira [faixa de pedestre], o Rafael e a filha passaram primeiro, e o Juninho ia passar em seguida. Quando o Juninho [Amândio] foi passar, um rapaz de moto vinha com muita velocidade, e o Juninho chamou a atenção do rapaz. Ele parou a moto, desceu, deu logo um soco e um mata leão”, relatou Ricardo.
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Em seguida, Amândio pediu ajuda ao amigo Rafael, que tentou socorrê-lo.
“O Rafael acudiu o Juninho, tirou o rapaz de cima dele e o Juninho já não conseguia respirar direito. Rafael deu um soco no rapaz, que apagou, e ele foi socorrer o Juninho. Ele não estava conseguindo respirar, entretanto, ligaram para mim, eu estava longe, mas vim, ainda ajudei a socorrer ele, que não conseguia respirar”, contou Ricardo.
Morreu nos braços do amigo
Ainda conforme Ricardo, o resgate português demorou cerca de 40 minutos para chegar ao local, mas já era tarde. Com dificuldade para respirar, o brasileiro, de 44 anos, morreu nos braços do amigo.
“O Inem [Instituto Nacional de Emergência Médica] veio muito tarde, o auxílio da parte da GNR [Guarda Nacional Republicana] foi tarde. Ele levou mais de 40 minutos para ser auxiliado por alguém, ele não conseguia respirar. Estava com ele no meu colo e a GNR só veio prestar os primeiros socorros quando ele já tinha apagado nos meus braços, quando ele já tinha falecido. Ele morreu nos meus braços.”, relatou Ricardo ao g1
Ricardo Jorge Silva (à esquerda) e Amândio Oliveira da Silva Júnior (à direita) moravam juntos em Portugal
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O português ainda conta que a confusão aconteceu por volta das 20h30, e a vítima faleceu às 21h20. O corpo foi retirado do local à 1h da madrugada do último dia 29 de agosto.
O acusado de ter cometido o crime ficou desacordado após brigar com o amigo de Amândio e precisou ser socorrido até um hospital. Em seguida, ele foi preso e apresentado à Justiça portuguesa.
Segundo Ricardo, o consulado brasileiro ligou para ele no dia 30 de agosto e disse que o processo já estava instaurado no tribunal de Loulé.
Amândio Júnior, de 44 anos, morava em Portugal há seis anos
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