Censo 2022: Oeste Paulista tem 43 municípios com população indígena


Dados foram divulgados, nesta segunda-feira (7), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e 604 pessoas se autodeclaram indígenas na região de Presidente Prudente (SP). Taciba (SP) tem, proporcionalmente, a maior população indígena do Oeste Paulista
Reprodução/TV Fronteira
O Oeste Paulista tem 43 cidades com população indígena, segundo dados do Censo 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta segunda-feira (7). Ao todo, a região de Presidente Prudente (SP) tem 604 pessoas que se autodeclaram indígenas, o que representa 0,07% dos 882.764 habitantes.
O município de Taciba (SP) tem, proporcionalmente, a maior população indígena do Oeste Paulista. Com 6.260 habitantes, a cidade registrou 16 pessoas que se autodeclaram indígenas, o que representa 0,26% da população.
O termo “Taciba”, inclusive, significa “formiga grande” em Tupi-Guarani e, segundo o Poder Executivo, foi uma forma de homenagear os indígenas.
A cidade de Santo Expedito (SP) ocupa a segunda posição com 7 dos 3 mil habitantes respondendo ao Censo 2022 que se autodeclaram indígenas, o que corresponde a 0,23% da população.
No Pontal do Paranapanema, a cidade de Rosana (SP) registrou 36 pessoas dos mais de 17 mil habitantes se autodeclarando indígenas, o que representa 0,21% da população total.
Em quarto lugar entre os municípios do Oeste Paulista com maior população indígena está Sagres (SP) com 4 dos 2.474 habitantes, o que corresponde a 0,16%.
O município de Inúbia Paulista (SP) aparece na quinta posição com 5 pessoas que se autodeclaram indígenas, o que representa 0,14% da população.
Taciba (SP) tem, proporcionalmente, a maior população indígena do Oeste Paulista
Reprodução/TV Fronteira
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Já a maior cidade da região, Presidente Prudente, tem 201 pessoas que se autodeclaram indígenas, o que corresponde a 0,09% dos 225.668 habitantes.
As cidades de Anhumas (SP), Irapuru (SP), Nantes (SP), Narandiba (SP), Paulicéia (SP) e Santa Mercedes (SP) têm uma pessoa em cada uma delas que se autodeclarou indígena ao Censo 2022.
Ao todo, o Oeste Paulista tem 604 pessoas que se autodeclaram indígenas, o que representa 0,07% dos 882.764 habitantes.
Já os municípios de Caiabu (SP), Emilianópolis (SP), Flora Rica (SP), Iepê (SP), Mariápolis (SP), Monte Castelo (SP), Nova Guataporanga (SP), Panorama (SP), Piquerobi (SP), Pracinha (SP), Ribeirão dos Índios (SP), Salmourão (SP) e São João do Pau d’Alho (SP) não registraram moradores que se autodeclararam indígenas.
Confira na tabela abaixo a população indígena em cada um dos municípios do Oeste Paulista.
Censo 2022
Autodeclaração
O coordenador regional do IBGE, Alessandro Akira Xavier, informou ao g1 que a identificação das pessoas indígenas se dá por meio da resposta ao quesito sobre cor ou raça no questionário do Censo e entre as respostas possíveis está a opção “indígena”.
“Para a coleta dos dados, primeiramente, o IBGE procurou mapear onde os indígenas estão: nas terras indígenas oficialmente delimitadas, em agrupamentos fora de terras indígenas e em outras localidades. Assim, houve todo um trabalho para garantir a cobertura de todas as áreas onde existissem indígenas”, afirmou Xavier.
Presidente Prudente (SP), maior cidade do Oeste Paulista, tem 201 pessoas que se autodeclaram indígenas
Maycon Morano/Câmara de Presidente Prudente
Além disso, o coordenador regional do IBGE disse que a terra indígena mais próxima do Oeste Paulista é a Terra Indígena Vanuíre no município de Arco-Íris (SP).
Xavier reforçou ainda que o IBGE segue o princípio da autodeclaração e que as respostas do informante não são questionadas.
“Quando a pessoa se autodeclara indígena, é aberta uma questão sobre etnia, povo ou grupo indígena ao qual a pessoa pertence e uma pergunta sobre se a pessoa fala alguma língua indígena no domicílio”, relatou o coordenador regional do IBGE ao g1.
Ainda de acordo com Xavier, o Instituto calculou uma população indígena “bem maior” que em 2010 e atribui grande parte à metodologia aplicada, especialmente nas terras e agrupamentos indígenas, que procurou garantir que não houvesse problema na interpretação desta questão.
“Assim, nestes lugares, havia uma questão adicional. Para a pessoa que declarava outra opção diferente de indígena, surgia a questão ‘Você se considera indígena?’ Além disso, no treinamento, havia um módulo específico para a capacitação das equipes que iriam trabalhar nessas áreas”, afirmou Xavier.
Além disso, houve um trabalho prévio de mapeamento de áreas possivelmente ocupadas por indígenas, que contou com a participação de várias entidades, órgãos do governo e lideranças indígenas.
“Foi graças a este grande esforço de mapeamento que conseguimos obter um retrato mais completo da realidade”, reforçou o coordenador regional do IBGE.
Por fim, Xavier afirmou que a importância da identificação da população indígena “reside no fato de, a partir destes dados, uma série de políticas públicas poderem ser desenvolvidas com vistas a garantir uma melhor qualidade de vida a esta população, seja na atenção à saúde, à educação, etc”.
“A partir do momento que esta população é identificada e espacializada com os dados do IBGE, é que se torna possível um retrato mais fiel da realidade brasileira em toda a sua diversidade”, finalizou Xavier ao g1.
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