Golpistas alegam que transferiram um valor a mais ao pagar o produto e solicitam o reembolso. Ao entregar o alimento na delegacia, os agentes informam não ter feito a encomenda e o comerciante percebe que foi vítima de estelionato. Delegacia Seccional de Presidente Prudente (SP)
Leonardo Jacomini/g1
Um comerciante, de 57 anos, sofreu um prejuízo de R$ 250 reais após cair no golpe do falso comprovante de PIX nesta quinta-feira (20), em Presidente Prudente (SP).
Segundo a Polícia Civil, este não é um caso isolado. Golpistas estão ligando em restaurantes e lanchonetes para fazer pedidos de lanches e marmitas. No momento do pagamento do item solicitado, os envolvidos alegam ter feito a transferência via PIX de forma errada, com um valor superior a compra, e solicitam o troco ou devolução total ao estabelecimento.
Para dar maior credibilidade ao estelionato, os supostos clientes informam que o pedido é para as Polícias Civil ou Militar e solicitam entrega para as delegacias de Presidente Prudente.
No momento do delivery, os policiais não têm conhecimento do pedido e os comerciantes verificam que o PIX com o valor a mais não foi feito.
Um dos empresários que caiu no golpe do Falso PIX registrou um Boletim de Ocorrência nesta quinta-feira. A vítima alegou que recebeu uma ligação por volta das 12h, onde o suposto cliente questionava se a comida iria demorar. O dono do estabelecimento perguntou qual era o pedido e o suspeito informou a refeição, que na ocasião estava sendo preparada para ser entregue na delegacia.
Ainda na ligação telefônica, o envolvido solicitou o troco de R$ 250, pois teria enviado um valor a mais no momento do pagamento da marmita.
Quando o entregador chegou na sede policial, os agentes desconheciam o pedido da devolução do dinheiro e a solicitação da marmita. Nesta ocasião, o comerciante percebeu que havia sido vítima de um golpe.
Conforme o delegado responsável pelo caso, Eduardo Iasco Pereira, dez entregadores foram até a Delegacia Seccional e a Central de Polícia Judiciária para nesta quinta-feira para fazer a entrega de marmitas em circunstâncias semelhantes ao do golpe. Porém, apenas um comerciante fez o registro policial.
Orientação
O delegado responsável pela investigação orienta que os empresários verifiquem as transferências bancárias mesmo recebendo o comprovante do PIX. Desta forma, a chance de cair no golpe é menor.
“Certifiquem-se que o valor caiu na conta, porque muitas vezes eles mandam só o comprovante que mandou o PIX fraudado ou agendado e na correria do dia a dia, o caixa que está atendendo o cliente, despachando entrega, ele não confirma se caiu na conta. Então, tem que ficar abrindo a conta do banco toda hora para ver se entrou. Ele olha o comprovante de boa fé e acredita”, ressaltou o delegado ao g1.
Ao verificar o pagamento do valor do produto, principalmente de novos clientes, alguns comerciantes conseguiram evitar o prejuízo.
“Se for o caso, se esses clientes que não são cadastrados, novos clientes que não conhecem, seria interessante confirmar se o dinheiro caiu na conta ou falar que vão entregar primeiro e depois vê a questão da devolução, o troco. Alguns fizeram isso, chegaram aqui [entregadores] falavam que o patrão mandou ir, pedia para devolver o dinheiro a mais, mas pediu para confirmar primeiro. Ai confirmava que ninguém pediu, que era um golpe, voltavam e não sofrem prejuízos”, finalizou Iasco.
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Comerciante cai no golpe do falso comprovante de PIX após receber pedido de marmitex em nome da Polícia Civil de Presidente Prudente
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