Polícia Civil passa a enquadrar como homicídio doloso atropelamento que matou pedestre no Humberto Salvador; filho da vítima é investigado

Homem, de 46 anos, morreu na última sexta-feira (28), depois de passar cinco dias sob cuidados médicos no Hospital Regional (HR), em Presidente Prudente (SP). Delegacia de Investigações sobre Homicídios vai apurar atropelamento em Presidente Prudente (SP)
Leonardo Jacomini/g1
A Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) assumiu, nesta quarta-feira (3), as apurações sobre o atropelamento que resultou na morte de um homem, de 46 anos, no Jardim Humberto Salvador, em Presidente Prudente (SP). Até então, o caso estava sob a responsabilidade da Central de Polícia Judiciária (CPJ). No entanto, como as apurações levaram ao enquadramento do caso como suspeita de homicídio doloso, a Polícia Civil remeteu o inquérito para a Deic, que possui a Delegacia de Investigações sobre Homicídios (DH).
O delegado Rodrigo Moreira Sanches, que atua na CPJ, informou ao g1 que o filho da vítima “está sendo investigado”.
“Desde o início, há referência a uma conduta intencional em relação ao atropelamento e, também, referência ao filho da vítima. Mas considero que, ainda, não se pode falar em certeza quanto à autoria”, explicou Sanches.
Ainda conforme o delegado, “segundo familiares, o veículo envolvido no crime seria do falecido”. O filho da vítima ainda não foi ouvido, pois “há necessidade de, antes, esclarecimento de algumas questões”.
“Por ora, não se pode cravar quem conduzia o veículo, e qual o elemento subjetivo em relação ao resultado. Temerária qualquer afirmação. A apuração precisa avançar um pouco mais”, concluiu Sanches ao g1.
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O atropelamento
O pedestre foi atropelado no Jardim Humberto Salvador, na noite do último dia 24 de abril, em Presidente Prudente, e, de acordo com informações da Polícia Militar, os agentes foram até o local para atender a denúncia de que um carro teria atingido uma pessoa e, em seguida, se evadido sem prestar socorro à vítima.
Assim que os policiais chegaram ao local, o homem já estava sendo socorrido e encaminhado para o Hospital Regional (HR) com ferimentos pelo corpo.
As viaturas fizeram patrulhamento pelas ruas próximas ao local para procurar o veículo envolvido no atropelamento, mas o suspeito não foi encontrado.
No registro da Polícia Militar, não consta a existência de câmeras de monitoramento que pudessem ter flagrado o atropelamento.
Segundo o Boletim de Ocorrência registrado na Delegacia Participativa da Polícia Civil, testemunhas que estavam no local do acidente informaram aos policiais militares que o carro envolvido no atropelamento seria do próprio filho da vítima. No entanto, até a conclusão do registro policial, o dono do veículo não foi localizado.
A morte
A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu na última sexta-feira (28), em Presidente Prudente.
A morte foi confirmada pelo Hospital Regional, que informou ao g1 que, “devido à gravidade do seu quadro clínico, seu óbito foi constatado na manhã da sexta-feira, às 11h15”.
A vítima estava sob cuidados médicos no HR havia cinco dias, ou seja, desde o dia do atropelamento, quando “deu entrada no Pronto-socorro da unidade às 20h42, onde foi prontamente atendida pela equipe médica e multiprofissional”.
Histórico de saúde
As condições de saúde do paciente se degradaram dia após dia ao longo da última semana, até a sua morte.
No dia 25 de abril, conforme as notas sobre o seu estado divulgadas pelo HR ao g1, a situação dele era considerada “grave, porém, estável” e, naquele momento, o homem ainda não havia sido encaminhado à Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Na última quarta-feira (26), a condição de saúde do pedestre permaneceu grave, mas ele precisou ser internado na UTI. Já na quinta-feira (27), a vítima permaneceu na Unidade de Terapia Intensiva e seu estado de saúde era considerado “gravíssimo”.
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