Material biodegradável substitui plástico em viveiro de mudas do Horto Florestal da Usina Hidrelétrica de Porto Primavera, em Rosana


Processo envolve um papel especial, denominado como celulose, que tem a durabilidade média de 12 meses no ambiente e cerca de três meses no solo. Plástico foi substituído por tubetes de material biodegradável no Horto Florestal da Usina Hidrelétrica de Porto Primavera, em Rosana (SP)
Cesp
A Companhia Energética de São Paulo (Cesp) iniciou a substituição dos tubetes de plástico por material biodegradável no Horto Florestal da Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, no distrito de Primavera, em Rosana (SP). O objetivo é reduzir gradativamente o uso de plásticos e tornar o viveiro mais sustentável.
De acordo com a Cesp, no ano de 2022, foi adquirido um equipamento capaz de produzir até 9 mil tubetes biodegradáveis por dia. O processo envolve um papel especial, denominado como celulose, que tem a durabilidade média de 12 meses no ambiente e cerca de três meses no solo. Com este papel, o tubete sai da máquina já com o substrato e segue para o plantio das sementes.
A empresa espera tornar o processo de produção mais eficiente e sustentável e pretende melhorar o desenvolvimento inicial das mudas. A adoção do material elimina um dos processos que pode causar estresse nas mudas. O plástico ainda podia danificar as raízes e dificultar o processo de enraizamento.
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No modelo tradicional, as sementes eram plantadas em tubetes de plástico, germinadas, desenvolvidas e, quando plantadas nas áreas de reflorestamento, retiradas dos tubetes e plantadas no solo. Depois, os plásticos eram recolhidos e transportados novamente ao viveiro, onde eram higienizados e reutilizados.
Já os tubetes biodegradáveis vão diretamente do viveiro ao solo, o que evita “ferimentos” às mudas ou raízes.
“Ainda estamos em processo de implantação desta tecnologia, mas já podemos dizer que são inúmeros os benefícios para as nossas operações e para o meio ambiente. Já percebemos, por exemplo, que as mudas germinadas nos tubetes biodegradáveis também estão se desenvolvendo melhor, atingindo o tempo para o plantio mais rapidamente. Além disso, estamos reduzindo drasticamente o uso do plástico em nossas operações. O próximo passo será avaliar o desenvolvimento das mudas no campo, após o plantio”, cita o gerente de Sustentabilidade e Operações da companhia, André Rocha.
Plástico foi substituído por tubetes de material biodegradável no Horto Florestal da Usina Hidrelétrica de Porto Primavera, em Rosana (SP)
Cesp
Horto Florestal
O Horto Florestal de Porto Primavera tem capacidade para produzir mais de 1 milhão de mudas de árvores nativas por ano, ou seja, 2,7 mil mudas por dia.
A unidade é autossuficiente, com energia solar, possui estruturas para reuso de água pluvial, iluminação externa autônoma fotovoltaica e conta com uma unidade de compostagem, aproveitando o material orgânico de manutenções das áreas verdes da Usina de Porto Primavera e utilizando o material produzido no plantio das mudas no campo.
Rocha ainda pontua que o processo de substituição será gradativo, de acordo com a expedição e produção de novas mudas.
“Nós temos como objetivo buscar soluções para que nossas operações sejam cada vez mais sustentáveis. E acreditamos que o Horto Florestal, onde são produzidas as mudas que são plantadas nas nossas ações de reflorestamento, deve ser a nossa vitrine em sustentabilidade, proteção dos nossos recursos naturais e de consumo consciente, que são temas defendidos e aplicados pela CESP em todas as suas ações, visando a construção de um futuro melhor”, complementa.
Plástico foi substituído por tubetes de material biodegradável no Horto Florestal da Usina Hidrelétrica de Porto Primavera, em Rosana (SP)
Cesp
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