Com quase um ano de atraso no pagamento do FGTS, funcionários da Prudenco relatam incertezas e descontos mensais nos salários

A companhia disse que firmou um acordo com a Caixa Econômica Federal para o parcelamento dos débitos em atraso para regularizar a situação. Companhia Prudentina de Desenvolvimento (Prudenco), de Presidente Prudente (SP)
Arquivo/g1
O pagamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) dos funcionários da Companhia Prudentina de Desenvolvimento (Prudenco), de Presidente Prudente (SP), está com quase um ano de atraso. Os colaboradores relatam incertezas e reclamam dos descontos mensais no salários.
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“Os funcionários da Prudenco estão todos revoltados. A gente [está há] mais de um ano sem receber o fundo de garantia. Desconta todo o mês nosso, as funcionárias não sabem, vai perguntar, elas falam que não tem dinheiro. Mas todo mês é descontado esse dinheiro nosso”, afirmou funcionário da companhia, que preferiu não se identificar.
Além de preocupação, a situação também tem causado transtornos na vida dos trabalhadores.
“A gente fica preocupado que não pode financiar uma casa para morar, porque você não está recebendo o fundo de garantia. E todo mês é descontado nosso. Aí fala que não tem dinheiro, que não tem dinheiro, que a Prefeitura não repassou. Que só repassou o dinheiro da folha de pagamento. E a gente fica assim com medo né? De fazer uma dívida, que não sabe se você consegue, se você vai ter esse fundo de garantia todo mês”, ressaltou o funcionário.
E ele não é o único que está insatisfeito por conta do atraso no depósito do FGTS. Outro colaborador também relatou que em dezembro o pagamento foi feito, mas era referente ao mês de abril.
“Dez meses que está em atraso já, né? Em dezembro agora foi efetuado um depósito, mas referente ao mês de abril, porque tinha feito depósito até março. Em dezembro agora, eles fizeram o depósito, mas referente ao mês de abril, então de maio para cá não tem depósito do FGTS. Então, tem 10 meses de atraso no FGTS da empresa”, disse o segundo funcionário da Prudenco.
Pagamento do FGTS de servidores da Prudenco está atrasado, em Presidente Prudente
As dificuldades não param por aí. Os colaboradores têm de lidar ainda com a falta de equipamentos de proteção para exercerem a função.
“Mais ou menos um três, quatro meses que eles não fornecem para a gente o protetor solar, que é um item indispensável no nosso trabalho, nosso trabalho é na rua, no Sol. Agora, parece que chegou algumas botas lá, mas até um tempo atrás não tinha. Tinha funcionário público lá com um buraco na sola da bota”, reforçou o funcionário.
Em relação ao fundo de garantia, a Prudenco disse que firmou um acordo com a Caixa Econômica Federal para o parcelamento dos débitos em atraso para regularizar a situação junto ao FGTS.
Ainda segundo a empresa, a regularização das parcelas ocorre à medida que são efetuados os recolhimentos e promove a individualização dos valores na conta vinculada dos trabalhadores, sendo que o contrato é liquidado após o pagamento total da dívida, inclusive dos encargos.
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