Suspeito, de 36 anos, levou um tiro na perna e foi internado no Hospital Regional (HR). Pronto-socorro do Hospital Regional (HR), em Presidente Prudente (SP)
Leonardo Jacomini/g1
Um homem, de 36 anos, foi baleado pela Polícia Militar na madrugada desta segunda-feira (13), no Parque Cedral, em Presidente Prudente (SP). Após levar um tiro na perna esquerda, ele foi socorrido e levado ao Hospital Regional (HR) para receber atendimento médico, onde permaneceu internado sob escolta da PM, porque teve a prisão em flagrante decretada pela Polícia Civil como suspeito dos crimes de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, ameaça, violência doméstica, resistência e violação de domicílio.
O policial militar que efetuou o disparo que atingiu o homem afirmou que foi acionado para o atendimento de uma ocorrência relacionada a um indivíduo que portava uma arma de fogo na rua e compareceu ao local indicado pelo Centro de Operações da Polícia Militar (Copom). Ao chegar ao Parque Cedral, o policial percebeu a presença de três pessoas na rua, ou seja, duas mulheres e um homem.
O homem, ao notar a aproximação da viatura, apanhou do chão um objeto prateado, aparentando ser uma arma, e o apontou na direção dos policiais, segundo o Boletim de Ocorrência registrado na Delegacia Participativa da Polícia Civil.
Diante da incerteza sobre o que era o objeto, os policiais decidiram recuar a viatura e aguardar reforços para uma abordagem mais segura.
No entanto, à medida em que o homem com o item prateado se aproximava da viatura, o policial buscou proteção atrás da carenagem do veículo oficial, insistindo verbalmente para que o suspeito largasse o objeto.
Porém, o suspeito continuou avançando e, com a proximidade, ficou claro que ele portava uma arma de fogo.
Em resposta, e agindo de maneira a preservar a integridade da guarnição, o policial efetuou um disparo que atingiu a perna esquerda do suspeito, fazendo com que ele caísse imediatamente.
Um outro militar que também trabalhava na ocorrência rapidamente aproximou-se do homem caído e afastou a arma dele.
Após a contenção da situação, um veículo de resgate foi chamado para atender o ferido. Mesmo no chão, ele continuou verbalizando ameaças contra os policiais.
Os policiais descobriram que o suspeito era namorado de uma mulher, de 38 anos, e havia discutido com ela na noite anterior. Segundo o Boletim de Ocorrência, ele retornou armado ao local e ameaçou a namorada e o ex-marido dela, chegando a afirmar que, após matá-los, cometeria suicídio.
A mulher também relatou que o suspeito havia apontado a arma contra a sua própria cabeça, disparando várias vezes sem que funcionasse, e que ele planejava confrontar a polícia.
A arma, um revólver de calibre 32, sem munição, foi recolhida pela perícia no local.
Relacionamento amoroso
A mulher disse que há aproximadamente um mês iniciou um relacionamento amoroso com o suspeito, mas não moravam juntos. Até então, o convívio entre eles era caracterizado por uma relativa tranquilidade. No entanto, na noite anterior, por volta das 23h, enquanto a mulher conversava ao telefone com sua filha, o namorado chegou à residência. Ele apresentava sinais de consumo de álcool, embora não estivesse visivelmente embriagado. Durante a conversa, o namorado percebeu que o assunto abordado envolvia o ex-marido da declarante, pai de sua filha. Isso desencadeou um comportamento agressivo e verborrágico no namorado. Diante dessa situação, a mulher solicitou que ele se retirasse de sua residência, uma vez que ela não se sentia em condições de discutir o relacionamento naquele momento. O homem acatou o pedido e deixou o local, e a moradora foi se deitar.
Porém, por volta da 1h da madrugada, ela ouviu o namorado no portão da casa e logo em seguida ele entrou, aparentando estar mais alcoolizado, com os olhos avermelhados e portando uma arma de fogo, que parecia ser um revólver prateado com cabo preto.
O comportamento do suspeito era extremamente ameaçador. Ele proferiu ameaças de morte contra a declarante, seu ex-marido e outras pessoas, além de falar em suicídio. Ele chegou a apontar a arma para a própria cabeça e acionar o gatilho, mas não ocorreu nenhum disparo.
Após alguns instantes, a moradora começou a empurrar o namorado para fora da casa, momento em que acredita que sua filha acionou a Polícia Militar.
Uma viatura da Polícia Militar chegou logo depois, posicionando-se a uma distância segura da residência.
A namorada observou o homem apontando a arma para a viatura e tentando disparar várias vezes, sem que nenhum projétil fosse expelido. Então, se distanciou do local e retornou para dentro da residência, ouvindo o namorado declarar que iria trocar tiros com a polícia. Logo após a moradora ter entrado na casa, um disparo de arma de fogo foi ouvido, seguido pela chegada de várias viaturas policiais.
Mesmo recebendo atendimento médico, o homem continuou confrontando e ofendendo os policiais.
A declarante solicitou medidas protetivas em seu favor contra o namorado, incluindo a proibição de aproximação, de frequentar os mesmos locais e de manter contato com ela e seus familiares.
Em razão de sua internação no Hospital Regional, o suspeito não foi interrogado pela Polícia Civil, que pediu à Justiça a decretação da prisão preventiva dele.
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