Prefeitura alegou que apontamentos já estão sendo apurados para a tomada de providências. O Conselho de Alimentação Escolar (CAE) de Presidente Prudente (SP) constatou problemas de “baixa qualidade” em produtos da merenda destinada a crianças que estudam em unidades da rede pública municipal de ensino.
De acordo com a ata da reunião ordinária realizada pelo conselho na última terça-feira (18), o relatório das visitas feitas em junho pelos integrantes do órgão colegiado identificou problemas que têm sido “recorrentes”, em relação aos produtos de hortifrútis.
Os itens foram encontrados com qualidade “muito abaixo do descrito no descritivo de compras”.
Veja os apontamentos feitos pelo conselho por unidade de ensino visitada:
Escola Municipal Mário Peretti, no Residencial Terceiro Milênio: produtos com qualidade “bem abaixo do ideal”, como tomate, repolho e milho-verde.
Escola Municipal Benedita de Pádua Martins, no Residencial São Paulo: “baixa qualidade” de maçãs, laranjas, milhos e mamões.
Escola Municipal Rosana Negrão Freitas dos Santos, no Residencial Maré Mansa: cozinheiras relataram “falta de camisetas”. Foi observada “baixa qualidade” das maçãs. Também foi relatado que as carnes moídas em cubos estão com “um pouco de gordura”.
Escola Municipal Professora Rosy Odetty Roriz Brandão, no Parque São Matheus: baixa qualidade dos produtos de hortifrúti, como tomate, cenoura e maçãs, e falta de telas milimétricas nas janelas.
Escola Municipal Professor Ocyr Azevedo, no Jardim Eldorado: necessidade de adequação na entrega de pães, pois ela é feita “somente uma vez por semana”, e de manutenção no forno e no fogão, já que também “há um cano de gás exposto”, que corre o risco de ser corroído pelo pé do fogão e pode ocorrer vazamento e causar prejuízo às cozinheiras. Além disso, baixa qualidade de produtos de hortifrúti, como tomate, maçã e milho-verde.
Escola Municipal Professora Ederle Marangoni Dias, no Jardim Santa Eliza: problemas com hortifrúti, como milho-verde com baixa qualidade e mamão “muito verde”.
Conforme o documento publicado nesta quinta-feira (20), no Diário Oficial Eletrônico (DOE), a Coordenadoria de Alimentação Escolar, da Secretaria Municipal de Educação (Seduc), alegou que os problemas de estrutura, contatados na reunião anterior do conselho, já foram resolvidos.
Além disso, sobre os problemas com qualidade dos alimentos, foi realizada uma reunião com os fornecedores do hortifrúti e representantes da agricultura familiar, no dia 6 de julho, no prédio da Coordenadoria de Alimentação Escolar, para “debater sobre melhorias do serviço prestado, a fim de que esses problemas sejam sanados e as cozinhas da merenda escolar recebam produtos de acordo com o contratado, onde os mesmos se comprometeram em relação à qualidade e pontualidade”.
Ata do Conselho de Alimentação Escolar de Presidente Prudente (SP) foi publicada no Diário Oficial Eletrônico (DOE), nesta quinta-feira (20)
Reprodução/DOE
No relatório das visitas realizadas em junho, ao qual o g1 teve acesso, o CAE ainda destacou que, “apesar dos problemas apontados, como: baixa qualidade em alguns dos produtos dos hortifrútis, problemas de reposição de alguns itens da despensa, bem como alguns dos problemas de estrutura e equipamentos, em todas as unidades visitadas, a merenda escolar, quando finalizada, isto é, no prato para ser oferecida aos educandos, é de boa apresentação, boa aceitação e muito bem preparada”.
Conforme o conselho, os diretores das unidades escolares e as profissionais de cozinha se preocupam em oferecer uma boa alimentação, que seja agradável aos alunos, pois isso “também faz parte do aprendizado, sendo observado, também, que as sobras de alimentos, após as refeições, são mínimas”.
Prefeitura
A Prefeitura de Presidente Prudente, por meio da Secretaria Municipal de Educação, informou ao g1, na tarde desta quinta-feira, que atua em conjunto com os conselhos e todos os órgãos fiscalizadores para “promover a melhoria contínua dos serviços prestados aos quase 20 mil alunos da rede municipal”.
“A Coordenadoria de Alimentação Escolar segue empenhada em garantir uma alimentação de qualidade, seguindo rigorosamente os parâmetros legais e que atendam às necessidades nutricionais dos alunos, inclusive aqueles com restrições de alimentação. São fornecidas mais de 800 mil refeições por mês aos alunos da rede, cujo cardápio é definido por uma equipe de nutricionistas. Em relação aos apontamentos registrados na última ata do conselho, estes já estão sendo apurados pela Coordenadoria de Alimentação Escolar para que sejam tomadas todas as providências cabíveis. A Seduc também já providenciou aumento do quadro técnico na área de nutrição para ampliar o monitoramento do serviço”, argumentou o Poder Executivo.
“A Seduc segue aberta para ouvir as sugestões e críticas dos órgãos fiscalizadores, para buscar a solução dos problemas detectados e atender ao público da rede municipal de ensino da melhor maneira possível”, concluiu administração municipal ao g1.
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Conselho de Alimentação Escolar constata ‘baixa qualidade’ de produtos na merenda destinada a crianças em Presidente Prudente
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