Lei que dá nome ao Camelódromo de ‘Ana Cardoso Maia de Oliveira Lima – Dona Ana’ entra em vigor em Presidente Prudente


Educadora foi casada por mais de quatro décadas com o ex-prefeito Agripino de Oliveira Lima Filho. Lei que dá nome ao Camelódromo de ‘Ana Cardoso Maia de Oliveira Lima – Dona Ana’, entra em vigor em Presidente Prudente (SP)
Arquivo/Marketing Unoeste
A lei que denomina de “Ana Cardoso Maia de Oliveira Lima – Dona Ana” o Shopping Popular, localizado na Praça da Bandeira, no Centro, em Presidente Prudente (SP), foi promulgada e entrou em vigor nesta quinta-feira (29). O Camelódromo, como o local é conhecido popularmente, passou por uma reforma nos últimos três anos, período em que esteve fechado, e será reaberto no próximo sábado (1º), com a inauguração da obra.
Após uma determinação da Justiça, a revitalização do Camelódromo tiveram início em janeiro de 2020 e deveriam ter sido concluídas em setembro daquele mesmo ano, mas, em decorrência de seguidos atrasos, só foram encerradas em maio de 2023.
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A lei, de nº 11.145/2023, foi assinada pelo prefeito Ed Thomas (sem partido) e publicada em edição extraordinária do Diário Oficial Eletrônico (DOE), conforme aprovação unânime dos vereadores que compõem a 18ª Legislatura.
O prefeito comentou que o novo Camelódromo não poderia levar o nome do ex-prefeito Agripino Lima por questões legais, pois a Cidade da Criança já tem seu nome, não sendo permitido dois prédios públicos com a mesma nomenclatura.
“Grande mulher, grande mãe, grande professora. Foi minha diretora, tive o privilégio de compartilhar a 13ª Legislatura, dividimos a mesma mesa e recebi muitos ensinamentos. Em vida, pude conceder o Título de Cidadã Prudentina, honraria que muito me alegra. Minha ligação com Dona Ana vai além da política. Eterna gratidão”, ressaltou o chefe do Poder Executivo.
A educadora e ex-vereadora de Presidente Prudente morreu no dia 10 de novembro de 2022, aos 92 anos.
Lei que dá nome ao Camelódromo de ‘Ana Cardoso Maia de Oliveira Lima – Dona Ana’, entra em vigor em Presidente Prudente (SP)
Bruna Bonfim/g1
Dona Ana
Ana nasceu na cidade de Gália (SP) em 13 de março de 1930, e era a do meio de cinco irmãos. O pai, Joaquim Cardoso Maia, era neto de portugueses e a mãe, Felícia Bertoldi Maia, imigrante italiana. Aos oito anos de idade, ela já trabalhava na entrega de leite. Ana fez o primário em Gália e estudou o ginasial e o normal em Guaratinguetá (SP).
Ela foi casada por cerca de 45 anos com o ex-prefeito da cidade, Agripino de Oliveira Lima Filho, e deixou quatro filhos, Augusto César, Ana Cristina, Maria Regina e Paulo César, 13 netos e seis bisnetos.
Ela foi professora, participou da reitoria da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) e vereadora entre os anos de 2001 e 2004, sendo a mais votada em 2000 com 5,5 mil votos, na 13ª Legislatura da Câmara Municipal de Presidente Prudente.
Trajetória na educação
Em 22 de dezembro de 1950, Ana formou-se professora e, no ano seguinte, iniciou sua carreira em escola rural, distante 4 km da fazenda que seu pai administrava. Em 1951, casou-se com Agripino, que ainda estudava para ser professor e trabalhava no armazém de sua família em Garça (SP).
Em Garça, nasceram três dos quatro filhos: Augusto César, Ana Cristina e Maria Regina. O caçula Paulo César, 13 netos e seis bisnetos nasceram em Presidente Prudente, onde a família chegou em 15 de janeiro de 1962, depois de dois anos em Alfredo Marcondes (SP). Dona Ana, como ficou conhecida, dizia que nasceu professora e iria morrer professora, pelo amor e pela missão de ajudar na transformação de vida de pessoas por meio da educação.
Lei que dá nome ao Camelódromo de ‘Ana Cardoso Maia de Oliveira Lima – Dona Ana’, entra em vigor em Presidente Prudente (SP)
Cedida
Ela foi professora primária em escolas rurais e urbanas por mais de dez anos, de 1951 a 1963. Daí em diante e durante 17 anos, foi diretora de escolas estaduais no bairro Sete Copas, em Indiana (SP); nos jardins Planalto e Paulista, em Presidente Prudente; até se aposentar. Nos oito primeiros anos da Associação Prudentina de Educação e Cultura (Apec) manteve dupla jornada: no estado e na iniciativa privada.
Criação da Apec
A Apec foi criada em 1972, como materialização do sonho do casal de professores Agripino de Oliveira Lima Filho e Dona Ana, que exerceu inicialmente a função de secretária geral. Em 1987, com o reconhecimento do Ministério da Educação, surgia oficialmente a Universidade do Oeste Paulista (Unoeste).
Na Unoeste, que tem como mantenedora a Apec, Dona Ana ocupou os cargos de pró-reitora acadêmica e de reitora, se afastando em 2015 durante o processo de sucessão da gestão assumida por filhos e netos.
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